Quem sou

Criado para somar forças com toda e qualquer forma de representar o bem, o Conselho Mundial de Duendes e Fadas decide entrar no mundo virtual para fornecer seu rico material acumulado ao longo de milhares de anos de observação e trabalho. Este material já foi sussurrado ao ouvido de alguns humanos iluminados que, ao tentar expor suas idéias "inovadoras", foram sufocados pela falta de consciência dos irmãos de espécie. Desta forma, textos e vídeos serão mostrados com o intuito de elevar a consciência material e espiritual do visitante.


Esperamos que todos ajudem a expandir este ideal colaborando com novas idéias e passando adiante as antigas. Também contamos com a compreensão de todos, pois seres mágicos da natureza como nós possuem pouquíssima experiência no meio virtual.


Atenciosamente,

FMCC - Fundação Moradores de Cogumelos Coloridos

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Carro a ar comprimido, isso sim é sustentabilidade!


Estamos em pleno século XXI, passando por situações muito complicadas para o planeta como um todo. A Amazônia, por exemplo, perde hoje por minuto, uma área equivalente a um campo de futebol (cerca de um hectare) para dar lugar a um pasto cuja produção total de carne será equivalente a um engradado com 257 hambúrgueres. Não queremos abrir os olhos para a realidade da teia totalmente interligada que todas as criaturas fazem parte. A cada dia consumimos mais e mais de maneira cega e descontrolada, consumimos em nome do conforto e do prazer. Pois bem, então porque não divulgar idéias como a do carro movido a ar que tem mais de 15 anos?!
É verdade, eu mesmo não acreditei, mas esse carro existe mesmo. O que também não parece verdade é que o Brasil impediu a entrada do automóvel para divulgação, com alguma desculpa esfarrapada de importação o país da biodiversidade e da beleza natural não teve o menor interesse na “ecoidéia” que foi lançada no segundo semestre de 2008 em Brignoles, França e que já tem mais de 1500 compradores só no Brasil, para quando eu não sei... Este automóvel pode ser abastecido nas boas e velhas maquininhas de ar comprimido dos postos de combustível comum, tem autonomia de até 300 quilômetros, pode atingir 150 km/h, e o mais interessante, devido aos filtros que possui, o ar que sai pelo escapamento é mais puro que o que respiramos. Isso sim é que parece mentira, mas não é!  
Estamos sempre assistimos a grandes sucessos como “Avatar”, “Wall E”, “O dia depois de amanhã”, “O dia em que a terra parou” entre outros e achamos tudo verdade, mas depois vamos ao supermercado e compramos as embalagens de plástico e as jogamos em outra embalagem de plástico junto com material orgânico que é transportado por caminhões a diesel para lixões que podem ser vistos das janelas de nossos carros flex. Deixar de consumir não é a salvação, o consumo consciente sim pode fazer muita diferença. Esse carro é uma ajuda e tanto para o planeta, vamos divulgar, passar a idéia para frente, quem sabe poderemos respirar bem indo de carro para o trabalho todos os dias.
Abaixo estão alguns links para conhecer melhor a proposta e talvez até criar a sua! Boa sorte...

http://www.revistameioambiente.com.br/2008/06/10/carro-a-ar-comprimido-atrai-600-pessoas-em-sao-paulo-e-mdi-fecha-contrato-de-25-milhoes-de-dolares/

http://www.youtube.com/watch?v=gaO3aYAz2Bo

http://www.theaircar.com/

http://www.youtube.com/watch?v=S4vaz2t9EQQ

http://www.youtube.com/watch?v=tMSqVet1rpg

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Violência gratuita, resposta da sociedade

Sempre fui adepto dos meios de comunicação livres e gratuitos. Ultimamente tenho notado um aumento de títulos de periódicos gratuitos entregues nos faróis (ou semáforos) da capital paulista. Claro que boa parte de seu espaço está ocupado por propaganda, que bom! São as multinacionais pagando para o povo ter acesso à informação, eles poderiam distribuir panfletos de supermercado ou eletrodomésticos nas portas das escolas e pagar para os alunos terem uma educação de melhor qualidade. Quem ia ligar para um guri chegando em casa com uma camisetinha com mais patrocínios que a camisa do Corinthians, mas recitando Shakespeare? Ou uma menininha com uma mochila das Casas Bahia e sandálias da Sansung que vai para a escola ansiosa, pois lá tem um computador de ponta onde ela vai terminar sua tese sobre o motor a base de água?
Bom, devaneios futurísticos a parte, gostaria de parabenizar o periódico gratuito “Destak”, que publicou hoje, 26 de novembro de 2010, uma reportagem, bem apertadinha ao lado de um enorme quadro das Casas Bahia (Obrigado Sr. Klein!), que consiste em um texto claro sobre agressão ocorrida no último dia 14 na Avenida Paulista e condenação de cinco indivíduos covardes que, sem nenhum motivo, desferiram golpes com objetos, mãos e pés (muito parecidos com primatas selvagens...) em outros transeuntes. Mas o mais importante é a não citação, pelo autor da reportagem, da homofobia. Posso entender a relevância de informar a população dos crimes e seus motivos, só não concordo com a maneira de enfatizar repetidas vezes por vários meios de comunicação o “motivo” que levou 5 pessoas a espancar outros semelhantes. Ao culpar a homofobia, alguns cidadãos com problemas mentais que realmente acreditam no preconceito, irão apoiar essa atitude, quando na realidade o verdadeiro motivo de tal violência gratuita é a falta de educação, a ausência de instrução social, a falta de noções de convívio coletivo, bem como o não apreço, pelos meios de comunicação e suas importantes figuras sociais, pelo Nobre, o Bom e o Justo.
Na realidade não importa se são homossexuais, mulheres, crianças ou até animais, o fato mais relevante é a inaceitável e asquerosa covardia com a vida. No entanto, quando você ouvir ou ler uma noticia sobre violência, procure observar não apenas as feridas na pele do agredido, mas tente enxergar as constantes lesões causadas por nossa sociedade no coração do agressor. Abaixo segue um texto de uma neurocientista explicando com suas palavras a questão da consciência social e seus benefícios.

Francisco Miguel Conde Cruz

Neurociência - Suzana Herculano-Houzel

Na semana passada, minha filha fez aniversário, e, como de hábito há alguns anos, fiquei procurando como deixá-la especialmente feliz para celebrar a data.  Decidimos sair para fazer comprinhas para ela e depois levar duas amigas da escola para uma "festa do pijama" lá em casa. De roupa nova e olhinhos travessos radiantes, ela veio nos comunicar, escoltada por suas amigas, que "só iam dormir à meia-noite" - horário ousado para quem acabou de fazer sete anos -, e lá se foram para o acampamento montado na sala. Por mim, está ótimo: se ela está feliz, eu estou feliz.
Meu lado neurocientista de plantão não deixa o evento passar em branco, é claro. Por que dar presentes é tão bom? A felicidade da minha filha ao recebê-los mexe comigo desde quando ela ainda era pequenina: seu "Pa mim? Aaah... muuuuuto bigada, mamãe!" fazia meu cérebro dar pulinhos e ficar  todo mole por dentro. Ou, em termos mais científicos, o sorriso dela fazia meu cérebro, por pura imitação, sorrir também e ficar feliz por empatia. O bem que fazemos aos outros retorna ao nosso cérebro quando vemos o resultado estampado no rosto alheio: fazer bem aos outros acaba nos fazendo bem também, ainda que isso nos custe algum dinheiro.
Mas não é só isso. Jorge Moll, neurocientista brasileiro em pós-doutoramento nos EUA, acaba de publicar um estudo em que mostra que a simples decisão de fazer o bem, muito antes de provocar qualquer sorriso alheio, já envolve a ativação do sistema de recompensa do cérebro.  Decidir fazer o bem dá prazer. E mais: o córtex subgenual, uma área envolvida na formação de laços afetivos, também participa de decisões altruístas e deve nos fazer criar vínculos com o objeto das nossas boas ações. Meu cérebro certamente cria vínculos enormes com minha filha quando pensa na felicidade dela.
Claro que é possível olhar para os dados com outra lógica. Talvez a gente só decida fazer o bem, mesmo a nossos filhos, porque isso dá prazer a nós mesmos. Essa é a visão cínica, ou ao menos cética, do altruísmo: todo ato altruísta teria um fundo de interesse próprio.
Eu prefiro pensar que poderia ser diferente.  Prefiro pensar que meu cérebro poderia não dar a mínima para a felicidade da minha filha e não ter o sistema de recompensa ativado nem antes nem depois de eu decidir deixá-la feliz. Mas não é assim. Meu cérebro tem a capacidade sensacional de deixar minha filha feliz e, de quebra, ainda ficar feliz com  isso. Para mim, está ótimo!



SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, é professora da UFRJ e autora de "Sexo, Drogas, Rock'n'Roll & Chocolate" e de "O Cérebro Nosso de Cada Dia" (ed. Vieira & Lent)

sábado, 20 de novembro de 2010

A verdadeira beleza do Belo

Seguindo o conselho de alguém que aprendi a admirar muito nos últimos tempos, me pus a ouvir um audiolivro. Nunca tinha visto algo parecido, pois era um audiolivro de filosofia, e por mais que o assunto me interesse bastante, não tinha conseguido ao menos ler um livro de papel quanto mais ficar ouvindo alguém falando. Mas não demorou muito para perceber que o assunto era tão fascinante que me peguei não apenas prestando muita atenção, mas discutindo com o autor. O problema foi quando ele começou a me responder...
A seguir cito um trecho da primeira das três partes do audiolivro “Uma análise filosófica do Belo, do Justo, do Nobre na visão dos antigos”, onde o autor Viktor D. Salis, Psicólogo Doutor e grande estudioso das tradições e mitos das antigas civilizações, chama atenção, através de uma forte crítica ao sistema educacional, para o verdadeiro sentido do Belo, não no sentido físico, mas no sentido mais elevado que o homem pode alcançar, a beleza do Nobre, do Bom e do Justo.
“Não é preciso ser grande especialista para saber que a educação em nada ajuda os indivíduos a descobrir seus talentos, muito pelo contrário, pois ela os vincula estritamente com a escolha de uma profissão menosprezando todo e qualquer talento que não seja lucrativo.
“O que você vai ser quando crescer?” Quem nunca escutou essa? Você não pode responder que quer ser um homem ou uma mulher pleno... Confundimos o homem com sua profissão e nessa brincadeira esquecemos de construir o homem... Este modelo ocidental de educação é para ganhar dinheiro, mesmo que isso custe a saúde, mesmo que isso custe a beleza da vida.
Onde está a educação do Belo, onde está a educação que torna o indivíduo realizado e pleno como homem ou como mulher?”
Obs.: Erick, obrigado pelos longos devaneios, iguais aos que fazemos a milhares de anos, que possibilitam a propagação e multiplicação do conhecimento.

Francisco Miguel Conde Cruz

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para ser grande, sê inteiro...

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim, em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.


Ricardo Reis
(Fernando Pessoa)

Ai, quem me dera...

"Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai, quem me dera ver morrer a fera
ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor

Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais

Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Aguém chamar por mim"

Vinicius de Moraes